segunda-feira, 4 de junho de 2018


MONARQUIAS ABSOLUTISTAS

1. Conceito de absolutismo monárquico
Passada a Idade Média, iniciou-se a Época Moderna, mas muitas cerimônias políticas de origem medieval permaneceram sem quase nenhuma mudança. No entanto, uma das diferenças que existia era entre monarcas modernos e reis medievais.
O rei medieval, apesar de ter um poder, dependia de exércitos para ampliá-lo em outros territórios. Já o monarca moderno possuía mais poder do que qualquer pessoa. Sendo considerado “senhor de todos os senhores”, construía seu governo com base em um exército permanente e uma vasta burocracia.
De fato, o crescimento do comércio, o aumento de impostos e a invenção da imprensa foram fatores essenciais para essa mudança política. Além disso, a igreja católica passava por uma crise devido ao , a qual fragilizava o poder dos papas, contribuindo assim para a formação de quadros burocráticos.
Portanto, essa monarquia se caracteriza pela concentração de poder na figura do rei, e foi, no século XVIII, nomeada “absoluta” inspirada em Voltaire.



2. Absolutismo e intolerância religiosa: Espanha
Na Espanha, a centralização do poder monárquico teve resistência de parte da nobreza e precisou enfrentar vários regionalismos socioculturais da península.
Durante a maior parte do século XV, a região da Espanha era um conjunto de reinos independentes que haviam se formado ao longo da guerra de Reconquista cristã: Galícia, Astúrias, Leon, Castela, Navarra, Aragão e Catalunha; enquanto no extremo sul o Reino de Granada era dominado pelos mouros.

As diversidades entre os reinos eram muitas, tais como língua, costumes e religiões. A península Ibérica era a região europeia que mais abrigava judeus e muçulmanos, mas a maioria da população era cristã. Em todos os reinos, os muçulmanos e judeus podiam manter seus costumes, desde que pagassem taxas aos reis cristãos.
O passo mais importante para a formação de um Estado unificado na região foi o casamento do rei Fernando de Aragão com a rainha Isabel de Castela, em 1469. Com isso, o reino espanhol reuniu forças para completar a expulsão dos muçulmanos e, com a ajuda da burguesia, lançar-se às grandes navegações marítimas.

Essa união foi a base da chamada Monarquia dos Reis Católicos, conjunto de territórios que estiveram sob soberania de Reis Católicos e seus sucessores, desde que os primeiros receberam o título de Majestades Católicas.
  
A inquisição espanhola



Em 1478, com a autorização do papado, foi instituída a Inquisição espanhola, incumbida de perseguir, julgar e punir os recém- convertidos ao catolicismo que fossem de origem judaica. Estes, apesar de batizados cristãos, eram suspeitos de manter secretamente a prática do judaísmo.
Durante esse período, milhares de “cristãos novos” foram queimados nas fogueiras inquisitoriais. Em 1492, a Coroa espanhola expulsou todos os judeus do reino. No mesmo ano, os Reis Católicos conquistaram Granada, o último domínio muçulmano na península.
Em 1502 foi decretada a conversão forçada dos muçulmanos ao cristianismo, que passaram a ser conhecidos como mouriscos. Ainda assim as perseguições continuaram, de modo que em 1609 a Coroa decretou expulsão deles no reino.
Portanto, a formação da Espanha baseou-se na construção de uma unidade religiosa, que superava diversidades culturais, linguísticas e institucionais existentes na península.
Sob o domínio de Castela
A monarquia espanhola foi unificando as instituições do reino, pesos e medidas, leis e códigos, mas mantendo os privilégios da nobreza e a sujeição dos camponeses às grandes casas aristocráticas (classes sociais superiores) com o apoio da Igreja e com um forte exército profissional.
A unificação espanhola não deixou de ser, em grande parte, uma imposição de Castela sobre os demais reinos e províncias da península. A própria língua castelhana se sobrepôs às demais línguas peninsulares, embora a Coroa não as tenha suprimido.
Em 1516, começou o reinado de Carlos I de Habsburgo, quando o absolutismo espanhol avançou bastante. Em 1519, ele assumiu também o Sacro Império Romano-Germânico, com o título de Carlos V. Seu filho, Felipe II se tornou o mais poderoso soberano da Europa no século XVI, em 1556. Em seu reinado, os espanhóis venceram os turcos na batalha naval de Lepanto e também se anexaram Portugal, formando a União Ibérica, que durou até 1640. A fonte de tanto poder, entretanto, vinha da América, que abastecia a Espanha de metais preciosos.


3. Absolutismo monárquico: França
O modelo de absolutismo monárquico teve grande ascensão na França. Este regime se consolidou no país em resposta às crises políticas e sociais que resultaram das guerras entre os séculos XVI e XVII. Sendo assim, a centralização do poder real foi vista como necessária resolver os empecilhos da época. Além disso, o fim da Guerra dos Cem Anos, na qual a França saiu vitoriosa e com um exército fortalecido e permanente, também foi um dos fatores que impulsionaram o absolutismo francês.
Nessa época, a Dinastia que reinava na França era a dos Valois. O primeiro monarca absolutista na França foi Luís XI, que procurou afirmar sua autoridade diante da nobreza e do clero e estendê-la por todos os territórios da França.

Luís XI

 A época da Dinastia Valoi foi marcada por diversas guerras religiosas na França. Os conflitos entre católicos e protestantes franceses, conhecidos também como huguenotes, foram resultado do surgimento e crescimento do protestantismo. Um episódio marcante do período foi a Noite de São Bartolomeu. Depois deste, a rivalidade entre os grupos aumentou ainda mais e a crise religiosa se tornou incontornável.
Em tal contexto, como tentativa de pacificar a França, a Dinastia Bourbon entrou no poder, governada por Henrique IV. Para que ele pudesse acalmar a situação, teve que, primeiramente, promulgar o documento Édito de Nantes. Este conferia liberdade religiosa aos protestantes, proibindo, inclusive, a perseguição deles.

Henrique IV

Após a morte de Henrique IV, quem assumiu o poder como ministro foi o cardeal Richelieu, visto que Luís XIII, o sucessor do trono, ainda era muito novo. O cardeal foi responsável por conduzir a França para a Guerra dos Trinta Anos.

Cardeal Richelieu


 
Guerra dos 30 anos


A Guerra dos 30 anos ocorreu entre 1618 e 1648, na região que abrangia o Sacro Império Romano-Germânico, além de uma série de países próximos a área. O conflito surgiu, sobretudo, de intrigas religiosas entre o Catolicismo e o Protestantismo. No entanto, disputas territoriais e entre monarquias europeias também motivaram tal cenário.
Esta guerra é dividida em quatro períodos, mas França entrou no conflito apenas a partir do Período Sueco. O cardeal Richelieu, governante do país na época, queria impedir a expansão do Sacro Império Romano Germânico pela Europa. O império estava lutando ao lado dos católicos, o que levou o cardeal apoiar secretamente os protestantes.
Em 1635, os franceses declaram guerra a Dinastia Habsburgo. Por fim, foi assinado o Tratado de Vestfália, que permitia a liberdade de culto a protestantes e católicos. Este também acarretou no fortalecimento da importância política sob a religiosa nos Estados, diminuindo a influência de Igrejas e centralizando ainda mais o poder do monarca.
  

Luís XIV, o Rei Sol
Conhecido como Rei Sol, Luís XIV governou a França de 1643 a 1715, época em que promoveu mudanças nos costumes franceses e organizou a política, a economia e a militarização de seu país. Ele foi nomeado rei com apenas 5 anos, mas começou a exercer esse papel de fato em 1661.
Durante seu reinado, houve a construção do Palácio de Versalhes, foram estabelecidas novamente perseguições contra protestantes e declaradas guerras contra países próximos, tais como Holanda e Espanha.
Luís XIV conduziu seu governo sem qualquer repartição de poder, acabando com o cargo de primeiro-ministro. É considerado um dos maiores nomes do Absolutismo devido sua ordem político-social. A sua célebre frase “L'État c'est moi”, que significa “o Estado sou eu”, sintetiza o período em que governou. 

Luís IV


4. Absolutismo sob contrato: Inglaterra
O poder na Inglaterra, tradicionalmente, era governado por uma monarquia, mas limitado por uma assembleia de representantes. Essa limitação vinha de um documento que exigia consulta ao Parlamento para governar, a Carta das Liberdades.
Em 1509, Henrique VIII assumiu o trono após a morte de seu pai, Henrique VII (fundador da Dinastia Tudor). Isto representou o triunfo do absolutismo, visto que ele foi responsável por uma reforma religiosa, separando o governo do papado e fundando a igreja anglicana.

Henrique VIII


Em 1553, Maria I assumiu a administração impondo o catolicismo e perseguindo muitos protestantes, incluindo alguns membros do clero anglicano. Em 1558, Maria I morreu e Elizabeth I sucedeu, tentando restaurar a influência da igreja anglicana e centralizando o poder. Foi no seu reinado que a Inglaterra iniciou a expansão marítima na América do Norte.
Em 1625, Carlos I passou a governar e multiplicou os impostos sem consultar o Parlamento. Ele tentou uma política de uniformização de ritos nas igrejas com base no anglicanismo. Nesse período, o rei fortaleceu o absolutismo e consequentemente ocorreram diversas revoltas por parte das classes sociais e do Parlamento. Oliver Cromwell torna-se então um líder da Revolução Inglesa.

Oliver Cromwell

Em 1640, ocorreu a guerra civil inglesa. Carlos I, no ano de 1649, foi condenado à morte por tramar invasões na Inglaterra com a ajuda escocesa.
Uma testemunha ocular da execução do rei Carlos I em 1649

Cromwell destacou-se e passou governar sem ser um rei legítimo. A Inglaterra alcançou muito economicamente. Cromwell dissolveu o próprio Parlamento e criou outro com militares, o que gerou a insatisfação da população.
A coroa em 1689 foi assumida por Guilherme de Orange e sua esposa, Maria Stuart que aceitaram a declaração de direitos. A Revolução Gloriosa causou o fim do absolutismo e estabilidade política e econômica.

  • Conclusão
O Absolutismo teve seu fim em 1789, durante a Revolução Francesa, após a Queda da Bastilha. O principal motivo foi o descontentamento da burguesia, que se sentia impotente e injustiçada pelo rei. Nessa época, qualquer um que se posicionasse contra as vontades do rei era ou morto, ou mandado para a Bastilha, uma espécie de prisão política da monarquia. Diante disso, a população se revoltou e atacou a prisão, com o intuito de acabar com um dos mais importantes símbolos do Absolutismo e de roubar seu armamento. Os revolucionários tinham como lema “Igualdade, Liberdade e Fraternidade” e, agindo de forma violenta e intensa, conseguiram expulsar grande parte da nobreza do país.Diante dessa situação, a família real tentou escapar, mas foi capturada e levada a guilhotina, em 1793. Com a vitória dos revolucionários, foi promulgada a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão, que propunha mais participação política popular e direitos aos cidadãos. Nos dias de hoje, em grande parte do mundo, foi adotada a separação dos poderes na chamada corrente tripartite, dividida em:Legislativo - tem como função ordenar e criar leis. Em muitos países europeus, como na França e na Espanha, o Parlamento faz parte do poder legislativo.Executivo - onde, no âmbito federal, atua o presidente, no âmbito estadual, o governador e no municipal, o prefeito. Ele tem o dever de governar o povo e administrar o interesse público, seguindo a Constituição.Judiciário - é exercido pelos juízes e tem o dever de julgar com base nas leis criadas pelo legislativo e pela Constituição.





Bibliografia:
1. HISTÓRIA 1 ensino médio, Editora Saraiva. “Monarquias absolutistas”- “Conceito de absolutismo monárquico” (pg 205).

HISTÓRIA 1 ensino médio, Editora Saraiva. “Monarquias absolutistas”- “Absolutismo e intolerância religiosa: Espanha” (pg 206-209).
HISTÓRIA 1 ensino médio, Editora Saraiva. “Monarquias absolutistas”- “O modelo de absolutismo monárquico: França” (pg 210-214).
4. https://pt.wikipedia.org/wiki/Absolutismo_na_Inglaterra
HISTÓRIA 1 ensino médio, Editora Saraiva. “Monarquias absolutistas”- “Absolutismo sob contrato: Inglaterra” (pg 214-216).

Grupo:

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Turma: 2102
Reforma Religiosa
Na idade moderna, a religião predominante era da igreja católica romana que não dava espaço para outras religiões. Tinha um papel muito religioso na sociedade, a igreja tinha uma influência política sobre muitos países, que na época tinham formato de monarquia.
Inglaterra, França, Itália e muita outras monarquias tinham que levar em consideração a opinião do papa. As práticas da igreja católica, tais como: missas serem ministradas de costas para o público e em latim ou até as indulgências eram comuns naquela época. Depois disso, começou a acontecer o movimento de reforma reliogiosa.



Reforma Protestante
Desde o século XIV, John Wycliffer, na Inglaterra já defendia ideias próprias sobre um movimento protestante contra as normas da igreja Católica. Suas ideias foram se espalhando e os católicos começaram a criticar as normas da igreja, o monge Girolamo Savarola criticou e foi torturado e enforcado por ordem do papa Júlio II, e muitos outros também foram. A reforma protestante aconteceu no ano de 1517, durante a idade moderna. O povo nesse período, estava passando por uma mudança de ideias e um novo pensamento, que também era contra os preceitos da igreja, e a sociedade começou a ter um pensamento e uma opinião mais crítica.

Luteranismo
A reforma teve vários líderes ao longo do seu tempo, o que mais ganhou fama foi o alemão Martinho Lutero, um monge que tinha várias ideias, a principal era que todos os fiéis deveriam ter acesso a sua própria bíblia. Lutero fez a publicação de uma lista de 95 teses, e esse documento foi o marco para o rompimento da igreja católica. O acesso à bíblia e a outras fontes de conhecimento era proibido, primeiro pelo fato de não saberem ler e mesmo os que sabiam não tinham acesso aos livros, que eram censurados e controlados pela igreja.
Somente monges e padres tinham acesso a esse conhecimento. Martinho se levantou contra alguns dogmas da igreja, John Wycliffe, já havia questionado algumas posições da igreja.
Questionavam também, a riqueza da igreja e defendia que a mesma deveria ser pobre como havia sido antes. Martinho Lutero mesmo sendo monge e vivendo sob as leis da igreja, se opôs a começos que o regiam. Martinho teve acesso às escrituras da bíblia.
No dia 31 de outubro de 1517, foi colocado à público as 95 teses de Martinho, e dentre elas estavam a ''avareza e o paganismo''. Lutero foi expulso da igreja católica, sofreu várias ameaças de morte, passou por vários conselhos, mas nada disso fez ele largar sua ideologia.
A reforma seguiu até depois da morte de Lutero, e arrancou muita gente da igreja católica. A sociedade criaram várias igrejas conhecida como ''igreja protestante'', com intuito de seguir essa linha de regras que iria contra a igreja católica.


Calvinismo
Outro que influenciou na reforma foi João Calvino, isso começou a acontecer em 1534. Suas ideologias começaram a ser adotadas na Suíca. Na sua ideia, o homem poderia salvar sua alma se trabalhasse de forma justa e honesta.

Ele acreditava na ideia, de que algumas pessoas foram escolhidas por Deus para serem ricas e outras para serem pobres e miseráveis. Essa ideia influenciou muitos banqueiros, trabalhadores, burgueses, portanto, quem acreditasse nisso, trabalhava incessantemente para conseguir a salvação eterna.

Anglicanismo
O rei Henrique VIII, da Inglaterra, fundou o anglicanismo. O rei queria muito casar com outra mulher, Ana Bolena, e queria que o papa anulasse o seu casamento com Catarina de Aragão, que havia casado por interesse.
Mas, de acordo com o papa ''O que Deus uniu, o homem não separa''. Assim o controle da igreja na Inglaterra ficou sob a autoridade do rei.
Essa religião era semelhante ao catolicismo, exceto pelo fato de conceder o direito ao divórcio e negar a obdiência, ou seja, que tudo que ele falar é definitivo e deve ser cumprido.
Aos poucos o anglicanismo foi agregando os príncipios do Calvinismo.

A contrarreforma
Muitos da igreja católica tinham acreditado nas teses de Lutero e na possibilidade das bíblias traduzidas segundo a língua local. Isso resultou numa outra divisão da igreja católica romana: um lado ficou com a igreja católica dos romanos e o outro lado os protestantes.
Vendo que seu domínio corria perigo, a igreja católica tratou de formar ações para evitar que as ideias da reforma religiosa fossem aceitas de forma única pela populção. Foi então feio o ''Concílio De Trento'', medida do que seria a contrarreforma ou a reforma católica.
O concílio de trento foi o décimo nono concílio, e aconteceu de 1545 até 1563. Foi ordenado pelo papa Paulo III, e esse concílio visava rever e redefinir unidade de fé e disciplina.
O movimento da contrarreforma incluiu várias medidas como:
A reafirmação da necessidade de celibato.
Reconfirmação da autoridade do papa.
Criação do catecismo.
Criação de uma lista de livros proibidos que continham documentos que se opusessem aos ensinamentos da igreja.
A opressão à condição de indulgências além da famosa santa inquisição. A santa inquisição é guida pelo tribunal do santo ofício, que julgava pessoas que se opusessem às doutrinas da igreja.
Com essas atitudes, no período de 1534 até 1590 a igreja teve de volta grande parte de seu domínio financeiro e político sobre algumas potências da época.
A chamada santa inquisição foi responsabilizada por muitas condenaçãoes à fogueira, forca e outros tipos de morte.
A contrarreforma influenciou no descobrimento do Brasil, pois a reforma católica tinha também a ação de levar as doutrinas do catolicismo para outros locais.
O protestantismo não foi eliminado pela contrarreforma mas teve uma brusca desaceleração de crescimento.

FONTE: http://idade-moderna.info/reforma-religiosa.html

ALUNOS: IGOR PORFÍRIO, MARIA CLARA PINHO, ELLEN, LARISSA NASCIMENTO, LUCAS GOMES E ALICE OLIVEIRA.

terça-feira, 29 de maio de 2018

Crise do século XIV

Cenário pré-crise:

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A Europa nesse período do século XIV já estava bem prejudicado devido ao esgotamento de terras, fazendo com que a produção agrícola não crescesse, no mesmo momento em que havia a escassez de produtos alimentícios também existia a tendência de aumento da civilização, resultando em falta de alimentos para os tais. 

Com a produção estagnada e uma população maior, a fome se espalhou. Além disso, a destruição das florestas e do meio ambiente ocorrida durante o século XII causou sérias mudanças climáticas, como por exemplo, severas chuvas. 
A Europa devastada pela fome, estava mais vulnerável a doenças como a Peste negra e para agravar a situação existiam constantes guerras, a mais conhecida foi a Guerra dos Cem Anos. 

Tudo isto causou uma grande queda demográfica. Como havia menos pessoas para trabalhar, os nobres impuseram uma maior carga de trabalho sobre os camponeses, o que gerou revoltas populares como a Jacqueries e a Revolta camponesa de 1381. 

Era o prelúdio do fim do sistema feudal e consequentemente o fim da Idade Média. A partir do início do século XIV, uma profunda crise anunciou o final da época medieval.

Inquisição religiosa:

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O que foi?

Também conhecida como Santo Ofício, essa instituição foi formada pelos tribunais da igreja católica que perseguiam, julgavam e puniam pessoas acusadas de descumprir com as regras. Todo conhecimento ficou sob o controle da Igreja, e por isso a cultura medieval se voltou para o saber religioso, baseando na fé, nos dogmas e no respeito ao poder do papa e de seus subordinados (cardeais, bispos, padres), considerados os representantes de Deus na Terra. 

Quando e porque ocorreu?

Tudo teve início em 1231, quando o papa Gregório IX, preocupado com o crescimento de seitas religiosas, criou um órgão especial para investigar os suspeitos da heresia. “Qualquer um que professasse práticas diferentes daquelas reconhecidas como cristãs era considerado herege”. 

Dessa vez, o alvo principal eram judeus e os cristãos-novos, como eram chamados os recém-convertidos ao Catolicismo, acusados de continuarem praticando o Judaísmo secretamente. A verdade é que esses grupos já formavam uma poderosa burguesia urbana que atrapalhava os interesses da nobreza e do alto clero. O apoio dos reis logo aumentou o poder do Santo Ofício, que, para piorar, passou a considerar como heresia qualquer ofensa "á fé e aos costumes". Por exemplo, quem não usasse toalhas limpas no começo do sábado ou não comesse carne de porco era acusado de Judaísmo. A lista de perseguidos se expandiu em protestantes e iluministas, homossexuais e bígamos

Pós ocorrido:

Com as transformações ocorridas no final da Idade Média (séculos XIV e XV), a Igreja Católica, que era o símbolo de poder até então, passou a ser afrontada:

* As monarquias que se fortaleciam, passaram a questionar o direito do papa de se intrometer nas questões políticas nacionais e cobrar impostos de seus súditos; 
* A burguesia, como novo grupo social que buscava prestigio, precisava romper com a ordem social hierarquizada imposta pela Igreja; 
* A população buscava respostas para suas angustias religiosas, já que a Igreja Católica nada pode fazer para salvá-la durante os períodos de fome, de pestes e de guerras (Crise do século XIV); 
* Os humanistas propunham a revalorização de Homem dentro do próprio processo do conhecimento (antropocentrismo); 
* Os cientistas e os artistas renascentistas passaram a buscar na natureza e na razão (e não mais nos dogmas) as respostas para suas questões. 

Foi nesse ambiente que surgiram novas interpretações sobre o Cristianismo, que resultaram em novas religiões, chamadas de Protestantes.

A Grande Fome:

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Ocorreu Durante a Idade Média, século XIV (1315-1317). Este período antes da guerra que ficou conhecido como A Grande Fome

Causa:

Transcorreu por conta da manufatura agrícola europeia, que tornou-se ainda mais insuficiente do que era, devido ao esgotamento do solo, as chuvas intensas e o clima frio, que resultou nas desprimorosas colheitas. A crise agrícola atingiu todo o povo e suas classes sociais. Esta foi responsável também pelo aumento no preço dos produtos, principalmente o trigo, fazendo a população urbana deteriorar-se diante do desabastecimento e a delinquência. 

Consequência:

Por motivos de grande miséria e de sobrevivência, a sociedade começa a praticar atos como o canibalismo. Os saques, no qual uma massa de saqueadores saem em busca de alimento pela Europa Ocidental. O infanticídio, onde após dar a luz aos seus filhos as progenitoras os matavam, a fim de os pouparem do sofrimento da fome e da indigência. Fenômeno este que deixou uma multidão de pessoas desnutridas e sensíveis as doenças. As péssimas condições de vida e de higiene colaboraram fortemente para a propagação de doenças epidêmicas, como por exemplo a Peste negra

Pós ocorrido: 

O auge da Fome foi alcançado no ano de 1317, quando o período do tempo úmido teve seu fim. Chego o verão o tempo voltou ao normal, contudo as pessoas estavam muito debilitadas por doenças como Bronquite, Tuberculose e Pneumonia, e também grande parte dos estoques de sementes tinham sido consumidos. Somente em 1325 que os níveis de alimento retornaram a um estado relativamente normal. 


Do Apocalipse na Biblia Pauperum iluminado em Erfurt em torno da época da Grande Fome. A morte situa-se ao lado de um leão cuja longa cauda termina em um caldeirão flamejante (Inferno). A fome aponta para sua boca faminta.


Guerra dos Cem Anos:

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Considerada a principal e mais sangrenta guerra da Europa medieval, a Guerra dos Cem Anos foi uma extensa série de conflitos entre as casas de Plantageneta - reinante da Inglaterra - e de Valois - soberana da França - que se desenvolveu entre 1337 e 1453. 

O mais relevante motivo para o início do conflito foi a morte do rei Carlos VI de França, que tinha como parente mais próximo o seu primo, Eduardo III de Inglaterra. Contra um rei inglês, os franceses coroaram um parente mais distante, Filipe de Valois, que em uma tentativa de enfraquecer o poder inglês atacou o ducado inglês da Aquitânia. O que fez com que Eduardo III declarasse guerra à Casa de Valois

Durante a primeira fase do conflito, concluída em 1360, não houveram grandes avanços. Mas tratados asseguraram aos ingleses total soberania sobre as terras que pertenciam na França. Nos anos seguintes houve um estado de paz não declarada rompida por algumas vezes. 

O novo rei inglês, Henrique V, decidiu aproximadamente em 1420 aproveitar a crise entre monarca e nobreza franceses para reivindicar o trono. O que iniciou mais um período complicado. Ao contrário do início essa fase foi vencida pelos franceses, dessa vez comandados por Carlos VII. Embora nenhum acordo tenha sido assinado, os historiadores consideram como fim da guerra a batalha da cidade de Castillon, em 1453. 

Por ser a última guerra feudal e a primeira moderna, iniciando-se como um conflito de senhores feudais e terminando como uma disputa entre Estados, a Guerra dos Cem Anos é considerada um grande marco no desenvolvimento Europeu.

Peste Negra:
Peste Bulbônica 

Memento mori (Lembre-se da morte)

Imagem relacionada

A Europa tivera por volta de 4 séculos prósperos, quando cidades,comércio e a indústria cresciam. A Igreja e os reis estavam fortes e com grande influência e poder. Porem, de repente os padrões climáticos globais mudaram, temperaturas desceram e colheitas estragaram de forma rápida e agressiva, dando fim a época de ouro europeia. A fome e a peste, junto com guerras e mortes, tornaram reais visões do Apocalipse. 

A peste negra tem uma forte relação com a Igreja, por ela ter sido a única tentativa possível de se salvar da peste. Pela total falta de informação e até conhecimento de bactérias e doenças, as explicações para tais fatalidades tinham ligação com a religião. Assim, as pessoas, temendo serem “amaldiçoadas” pela peste, rezavam e imploravam a Deus a salvação. 

Não se sabe ao certo o local de origem da peste negra, porém, no extremo oriente, nas estépicas mongólicas, a peste despertara e começara a propagar-se. Assim, o império mongol que parecia ser invencível, começou a colapsar. Rotas comerciais abertas pelo império mongol favoreciam a propagação de produtos, pessoas e pestilências pela Europa. Em 1347, os mongóis atacaram a cidade cristã de Caffa, na esperança de tomar tal ponto comercial estratégico. No início, a cidade parecia estar prestes a ser dominada, porém, no auge das hostilidades, os mongóis se depararam com um novo e virulento inimigo, a Peste. Assim, desesperados, os mongóis lançaram com catapultas, sob o muro que lhes separavam dos cidadãos de Caffa, corpos mortos pela peste, com a consciência de que o contato propagava o “mal”, no caso, a peste, numa tentativa de matar e contaminar seus inimigos. Assim, a peste foi transmitida dos mongóis para os europeus. 

Ainda não se tem certeza de como a peste se espalhou tão rapidamente pela Europa. Historiadores acreditam que ela se propagou por meio de navios mercantes, começando por Sicília, Itália. Tais navios chegavam nos portos com carregamentos de cadáveres, junto com sobreviventes doentes em estado terminal. Numa falha tentativa de conter a peste, baniram navios pestilentos em seu porto, porém já era tarde demais. A peste já começara a se propagaram. 

Era uma doença asquerosa e dolorosa, com vítimas consumidas por febre e desespero. Só foi possível identificar a diferença da peste de uma forte gripe por meio do da inflamação dos bubões, sintoma que lhe dá o nome de Peste Bubônica. A medida que a doença se propagava, os sobreviventes recorriam cada vez mais à religião. Navios vindos de Caffa aportavam na Itália, trazendo tecidos, peles e ratos, que portavam a peste. 

A ciência e medicina medieval estavam imersos na superstição e na ignorância, tornando a população europeia totalmente desprevenida e indefesa. Teorias místicas tentavam explicar a origem da peste, como a liberação de vapores tóxicos provindos do alinhamento de planetas, como maldição provinda de Deus para castigar pecadores. Atualmente sabemos que a Peste Negra é carregada por pulgas, que precisam de um ambiente particular para se desenvolver; a Europa medieval era esse ambiente, repleta de meios ideais para a multiplicação de ratos. Para piorar, existe outra forma ainda mais mortífera da peste, a pneumônica, que não precisa de pulgas para propagar seu veneno. A doença é causada pelabactériaYersinia pestis, transmitida ao ser humano através das pulgas (Xenopsylla cheopis) dosratos-pretos (Rattus rattus) ou outros roedores. 

A peste se espalhou pela Europa Ocidental em 5 anos, algo que é incrivelmente rápido, tendo consciência de que não existiam aviões, carros e trens, apenas cavalos e transporte a pé. Navios mercantes espalhavam cada vez mais a peste. Ratos esperavam os navios aportarem para saírem, propagando cada vez mais a doença. 

Cada vez menos pessoas ajudavam umas as outras, corrompidas pelo medo e pelo pensamento de que seriam os próximos. As pessoas abandonavam parentes. A taxa de mortalidade estava tão alta que a fé das pessoas foi terrivelmente abalada. Simplesmente não fazia sentido para eles. Como achavam que era a vingança de Deus sobre os humanos por seus pecados, as pessoas começaram a tentar redimir seus pecador, por uma penitência, açoitando a si próprios numa tentativa de imitar o sofrimento de Cristo. Tal fanatismo levaria o povo à histeria, perseguição e assassinato. Tal fanáticos, que eram chamados de flagelantes, começaram a ameaçar a Igreja, pela crescente influência deles. Com o progresso da peste, todas as instituições medievais, incluindo a Igreja, foram reveladas pela peste como impotentes. 

No meio de todo este caos, surgiu uma dúvida sobre o que fazer com os corpos, que se amontoavam nas ruas e só aumentavam cada vez mais os índices de contaminação. Os únicos que aceitavam a carregar os mortos até lugares para enterrá-los eram pessoas extremamente rústicas, que vinham de montanhas ou arredores e estavam dispostos a ter contato com mortos por taxas altíssimas. As pessoas tentavam encobrir o “cheiro da morte”. 

Convictas de que Deus punia o mundo por suas perversidades, as aldeias resolveram pulgar a si próprias de todas as formas de pecado; a primeira coisa que fizeram foi aprovar novas leis urbanas, que proibiam jogatinas, blasfêmias, expulsaram as prostitutas e mandaram-lhes para uma casa na zona rural, resumindo, obrigando a todos que se comportassem, numa tentativa de afastar a peste. 

A perseguição e intolerância religiosa aumentou ainda mais durante esta época. Para cristãos medievais, ninguém ofendia a Deus mais do que os judeus. A infecção e as mortes súbitas trazidas pela peste foram inculpadas aos judeus, a quem acusaram de envenenar poços e rios, além de contaminar o ar. Nisso, eles eram torturados e forçados a confessar falsamente que eram culpados e faziam parte de uma conspiração. Assim, a Europa inteira ergueu-se contra eles, que tiveram comunidades queimadas por cristãos, além de terem sido injustamente chacinados por tais. O que envenenava era a própria presença dos judeus, que eram um fracasso moral. Assim, na mentalidade dos cristãos da época, eles pecaram ao tolerá-los e é isso que trouxe a peste como punição. Eles eram queimados vivos, numa tentativa desesperada dos cristãos de se salvarem, imersos pelo medo, ódio e ignorância. 

Depois de extinguir quase metade da população europeia (alguns estudiosos dizem que foi 30%, outros 50%), a peste começou a extinguir a si mesma. “Doenças infecciosas tem um ciclo de vida, que pode ser quebrado pelo homem ou podem mudar em virulência do organismo infeccioso”, diz Graham Mooney. Uma parte dos que sobreviveram se perguntavam se valia a pena viver depois de perderem tanto. O mundo inteiro mudou. Porém, a maioria se reergueu e continuou com suas vidas. Eles acreditavam que Deus faria tudo dar certo, que ele tinha um plano e que o Apocalipse acertaria as coisas no final. Acreditavam que aquilo não era simplesmente o fim, algo mais viria. 

A Europa passava por diversas transformações juntamente com o fim da crise da peste negra; antes, a fome era algo comum, depois, mesmo com muita terra sem cultivo, havia comida de sobra. Pela primeira vez em séculos, fazendeiros podiam não só cultivar grãos, e assim a Itália tornou-se um país rico em azeite de oliva e frutas aromáticas. Os pomares da Itália comprovam uma verdade dolorosa: uma queda súbita na população tem as suas vantagens. Com a morte das pessoas, os salários aumentaram, as terras ficaram desocupadas. Assim, pessoas que antes eram muito pobres, puderam investir em terras. De repente, pessoas que antes eram camponeses agora eram proprietários de terras. 

Contudo, a medida que a fortuna dos camponeses crescia, a das classes dominantes despencava. Por séculos, eles dependeram de servos para cuidar de seus feudos. Depois, com empregos mais atraentes aos camponeses, os nobres foram deixados sem mão de obra. Assim, eles se viram obrigados a fazer trabalhos antes feitos por servos para não morrerem de fome. Porém, alguns dos nobres se negaram a se rebaixarem a tal nível e conquistaram seus trabalhos pela espada. Empregados eram pagos por nobres para pilhar cidades. Para compensar o tamanho de seus exércitos diminuídos, cavalheiros criavam novas regras para um velho jogo. Surgiram as guerras de guerrilhas. 

A destruição de tantas pessoas forcou os sobreviventes a criarem técnicas de labor não-manual, industrias que se baseavam no trabalho manual começaram a procurar soluções mais tecnológicas, dando início a uma revolução tecnológica. 

Mesmo com todas estas transformações ocorrendo na Europa, uma coisa continuava pairando a mente de todos: a morte. A morte tornou-se uma visão comum, ordinária. Existem evidências de que ocorreu uma transformação psicológica provocada pela peste e pela morte súbita de tantas pessoas. 


A morte era uma sombra ameaçadora, gerando gerando a arte holandesa conhecida como “Dança macabra”. Com o tempo, a sublevação social dos anos pós peste, os questionamentos e o individualismo geraram o maior florescimento cultural da Europa: o Renascimento cultural. A Renascença na Itália mostra a extraordinária resistência da sociedade humana, cuja tenacidade e energia criativa sustentaram-na durante os mais negros da Peste. “Foi como se a Europa tivesse se apagado, e depois acendido outra vez.” 
A Peste Negra fez isso. 

Informações e conteúdos extras sobre a Peste: 


Médico da Peste com fato e máscara "protetora" anti peste, este modelo é muitas vezes associado à época do surto da peste negra, mas na realidade só foi inventado em 1619, por Charles de Lorme. 

Existem muitos filmes que retratam essa época, a maioria envolvendo seres místicos, por se tratar de uma época imersa em superstições. 

Recomendações de filmes:

* O Sétimo Selo” (1957), de Ingmar Bergman;
* Fausto” (1926), de F.W. Murnau;
* Nosferatu” (1922), de F.W. Murnau.

Crise em Portugal (1383-1385):

A Batalha de Aljubarrota foi decisiva no desenlace da crise dinástica. 2 de abril de 1383 - 14 de outubro de 1385 em Portugal e Castela, seu desfecho foi a vitória de D. João I de Portugal

Foi considerada um período de guerra civil e caos para a História de Portugal, que ficou conhecido também como interregno, já que não havia um rei no poder. A crise teve seu início por conta da morte do rei Fernando de Portugal, que não gerou nenhum herdeiro masculino. 

Ainda que as Cortes de Coimbra já tivessem escolhido, em 1385 um novo rei João I de Portugal, mas o rei João I de Castela estava determinado a buscar por um novo reino para si, foi então que invadiu Portugal. O exército castelhano era muito mais copioso, mas isso não impediu de serem derrotados na Batalha de Aljubarrota, graças a estratégia bolada naquela altura, que foi nomeada como "tática do quadrado". Os exércitos portugueses foram comandados novamente por Nuno Álvares Pereira, nomeado por D. João I de Portugal "Condestável do Reino". 

1383

Foi um ano comum do século XIV do Calendário Juliano, da Era de Cristo, e sua letra dominical foi D, teve início a uma quinta-feira e terminou também a uma quinta-feira. 

*  Abril – A princesa Beatriz de Portugal (filha única do rei Fernando) casa com o rei João I de Castela;
*  22 de outubro – O rei Fernando morre: a rainha viúva Leonor torna-se regente em nome de Beatriz e João de Castela;
*  Começa a resistência, liderada por João, Grão-Mestre de Avis: vários castelos são ocupados.

1384 

Foi um ano bissexto do século XIV do Calendário Juliano, da Era de Cristo, e as suas letras dominicais foram C e B, teve início a uma sexta-feira e terminou a um sábado. 

* Janeiro – João I de Castela invade Portugal;
*  6 de abril – Os portugueses ganham a batalha dos Atoleiros;
*  Maio – Começa o cerco de Lisboa; é enviada uma embaixada a Inglaterra;
*  Julho – Uma frota portuguesa rompe o cerco de Lisboa, embora com algumas baixas;
*  3 de setembro – João I de Castela, retira-se para o seu reino;
* Inverno – Nuno Álvares Pereira e João de Avis subjugam cidades a favor de Castela

1385 

Foi um ano comum do século XIV do Calendário Juliano, da Era de Cristo, a sua letra dominical foi A, teve início a um domingo e terminou também a um domingo. 

* Páscoa – Chegada dos aliados ingleses; 
6 de abril - João de Avis é aclamado rei nas Cortes de Coimbra;
* 29 de maio – Dá-se a batalha de Trancoso;
* Junho - João I de Castela invade Portugal com uma vasta hoste (composta por muitos portugueses), depois da derrota na batalha de Trancoso;
* 14 de agosto – Batalha de Aljubarrota, vitória decisiva de Portugal; 
* 14 de outubro – Batalha de Valverde, vitória de Portugal.

Renascimento comercial:

A Europa Ocidental passou por grandes mudanças entre os séculos XI e XIV (na Baixa Iadade Média) que foram aos poucos acabando com o feudalismo. Uma das principais causas desse renascimento comercial foram as Cruzadas. Ao voltarem das expedições, os cavaleiros saqueavam do Oriente produtos inéditos para o povo (como jóias, tecidos e temperos) que eram comercializados no caminho. 

Devido a isso, surgiram as rotas comerciais terrestres e as marítimas (que eram consideradas mais baratas e seguras). Com o crescimento dessa segunda, duas rotas ganharam grande destaque: pelo mar Mediterrâneo (que favoreceram o comércio nas cidades italianas de Gênova e Veneza) e o eixo Nórdico. 


Essa troca de produtos deram início as feiras medievais e ao ressurgimento da moeda pela necessidade de uma maior praticidade. 

Os burgos passaram a serem murados para evitar a invasão de ladrões e iam se ampliando de acordo com o crescimento da população.

Surgiram, então, OS BURGUESES: nova classe social que se dedicava ao comercio e artesanato e que não dependia do senhor feudal. Foram se tornando ricos e não causavam boas impressões ao clero. 

Nesse contexto, foram aparecendo organizações para ajudar a manter a ordem nesse novo sistema. Como por exemplo, as Corporações de Ofício que reuniam trabalhadores de uma mesma profissão. 

Pintura medieval retratando a corporação de Ofício dos ferreiros. 

As Guildas eram associações formadas por artesãos com o intuito de proteger seus interesses. Além deles, existiam também as hansas dos comerciantes que dominavam certas áreas do mercado. Por fim, esse modelo de sociedade foi atraindo cada vez mais pessoas para essas novas cidades e foi um grande renascimento comercial e social.

Fontes de pesquisa:

Grupo:

* Beatriz Maluf nº 03 (Peste Negra);
* Camila Beatriz nº 05 (Grande Fome e Crise de 1383-1385 em Portugal);
* Marcelle Fortunato nº 25 (Renascimento comercial);
* Mayara Vieira nº 29 (Cenário Pré-Crise);
* Milton Cabral nº 30 (Guerra dos Cem Anos);
* Victor Duarte nº 36 (Inquisição Religiosa).

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