segunda-feira, 4 de junho de 2018


MONARQUIAS ABSOLUTISTAS

1. Conceito de absolutismo monárquico
Passada a Idade Média, iniciou-se a Época Moderna, mas muitas cerimônias políticas de origem medieval permaneceram sem quase nenhuma mudança. No entanto, uma das diferenças que existia era entre monarcas modernos e reis medievais.
O rei medieval, apesar de ter um poder, dependia de exércitos para ampliá-lo em outros territórios. Já o monarca moderno possuía mais poder do que qualquer pessoa. Sendo considerado “senhor de todos os senhores”, construía seu governo com base em um exército permanente e uma vasta burocracia.
De fato, o crescimento do comércio, o aumento de impostos e a invenção da imprensa foram fatores essenciais para essa mudança política. Além disso, a igreja católica passava por uma crise devido ao , a qual fragilizava o poder dos papas, contribuindo assim para a formação de quadros burocráticos.
Portanto, essa monarquia se caracteriza pela concentração de poder na figura do rei, e foi, no século XVIII, nomeada “absoluta” inspirada em Voltaire.



2. Absolutismo e intolerância religiosa: Espanha
Na Espanha, a centralização do poder monárquico teve resistência de parte da nobreza e precisou enfrentar vários regionalismos socioculturais da península.
Durante a maior parte do século XV, a região da Espanha era um conjunto de reinos independentes que haviam se formado ao longo da guerra de Reconquista cristã: Galícia, Astúrias, Leon, Castela, Navarra, Aragão e Catalunha; enquanto no extremo sul o Reino de Granada era dominado pelos mouros.

As diversidades entre os reinos eram muitas, tais como língua, costumes e religiões. A península Ibérica era a região europeia que mais abrigava judeus e muçulmanos, mas a maioria da população era cristã. Em todos os reinos, os muçulmanos e judeus podiam manter seus costumes, desde que pagassem taxas aos reis cristãos.
O passo mais importante para a formação de um Estado unificado na região foi o casamento do rei Fernando de Aragão com a rainha Isabel de Castela, em 1469. Com isso, o reino espanhol reuniu forças para completar a expulsão dos muçulmanos e, com a ajuda da burguesia, lançar-se às grandes navegações marítimas.

Essa união foi a base da chamada Monarquia dos Reis Católicos, conjunto de territórios que estiveram sob soberania de Reis Católicos e seus sucessores, desde que os primeiros receberam o título de Majestades Católicas.
  
A inquisição espanhola



Em 1478, com a autorização do papado, foi instituída a Inquisição espanhola, incumbida de perseguir, julgar e punir os recém- convertidos ao catolicismo que fossem de origem judaica. Estes, apesar de batizados cristãos, eram suspeitos de manter secretamente a prática do judaísmo.
Durante esse período, milhares de “cristãos novos” foram queimados nas fogueiras inquisitoriais. Em 1492, a Coroa espanhola expulsou todos os judeus do reino. No mesmo ano, os Reis Católicos conquistaram Granada, o último domínio muçulmano na península.
Em 1502 foi decretada a conversão forçada dos muçulmanos ao cristianismo, que passaram a ser conhecidos como mouriscos. Ainda assim as perseguições continuaram, de modo que em 1609 a Coroa decretou expulsão deles no reino.
Portanto, a formação da Espanha baseou-se na construção de uma unidade religiosa, que superava diversidades culturais, linguísticas e institucionais existentes na península.
Sob o domínio de Castela
A monarquia espanhola foi unificando as instituições do reino, pesos e medidas, leis e códigos, mas mantendo os privilégios da nobreza e a sujeição dos camponeses às grandes casas aristocráticas (classes sociais superiores) com o apoio da Igreja e com um forte exército profissional.
A unificação espanhola não deixou de ser, em grande parte, uma imposição de Castela sobre os demais reinos e províncias da península. A própria língua castelhana se sobrepôs às demais línguas peninsulares, embora a Coroa não as tenha suprimido.
Em 1516, começou o reinado de Carlos I de Habsburgo, quando o absolutismo espanhol avançou bastante. Em 1519, ele assumiu também o Sacro Império Romano-Germânico, com o título de Carlos V. Seu filho, Felipe II se tornou o mais poderoso soberano da Europa no século XVI, em 1556. Em seu reinado, os espanhóis venceram os turcos na batalha naval de Lepanto e também se anexaram Portugal, formando a União Ibérica, que durou até 1640. A fonte de tanto poder, entretanto, vinha da América, que abastecia a Espanha de metais preciosos.


3. Absolutismo monárquico: França
O modelo de absolutismo monárquico teve grande ascensão na França. Este regime se consolidou no país em resposta às crises políticas e sociais que resultaram das guerras entre os séculos XVI e XVII. Sendo assim, a centralização do poder real foi vista como necessária resolver os empecilhos da época. Além disso, o fim da Guerra dos Cem Anos, na qual a França saiu vitoriosa e com um exército fortalecido e permanente, também foi um dos fatores que impulsionaram o absolutismo francês.
Nessa época, a Dinastia que reinava na França era a dos Valois. O primeiro monarca absolutista na França foi Luís XI, que procurou afirmar sua autoridade diante da nobreza e do clero e estendê-la por todos os territórios da França.

Luís XI

 A época da Dinastia Valoi foi marcada por diversas guerras religiosas na França. Os conflitos entre católicos e protestantes franceses, conhecidos também como huguenotes, foram resultado do surgimento e crescimento do protestantismo. Um episódio marcante do período foi a Noite de São Bartolomeu. Depois deste, a rivalidade entre os grupos aumentou ainda mais e a crise religiosa se tornou incontornável.
Em tal contexto, como tentativa de pacificar a França, a Dinastia Bourbon entrou no poder, governada por Henrique IV. Para que ele pudesse acalmar a situação, teve que, primeiramente, promulgar o documento Édito de Nantes. Este conferia liberdade religiosa aos protestantes, proibindo, inclusive, a perseguição deles.

Henrique IV

Após a morte de Henrique IV, quem assumiu o poder como ministro foi o cardeal Richelieu, visto que Luís XIII, o sucessor do trono, ainda era muito novo. O cardeal foi responsável por conduzir a França para a Guerra dos Trinta Anos.

Cardeal Richelieu


 
Guerra dos 30 anos


A Guerra dos 30 anos ocorreu entre 1618 e 1648, na região que abrangia o Sacro Império Romano-Germânico, além de uma série de países próximos a área. O conflito surgiu, sobretudo, de intrigas religiosas entre o Catolicismo e o Protestantismo. No entanto, disputas territoriais e entre monarquias europeias também motivaram tal cenário.
Esta guerra é dividida em quatro períodos, mas França entrou no conflito apenas a partir do Período Sueco. O cardeal Richelieu, governante do país na época, queria impedir a expansão do Sacro Império Romano Germânico pela Europa. O império estava lutando ao lado dos católicos, o que levou o cardeal apoiar secretamente os protestantes.
Em 1635, os franceses declaram guerra a Dinastia Habsburgo. Por fim, foi assinado o Tratado de Vestfália, que permitia a liberdade de culto a protestantes e católicos. Este também acarretou no fortalecimento da importância política sob a religiosa nos Estados, diminuindo a influência de Igrejas e centralizando ainda mais o poder do monarca.
  

Luís XIV, o Rei Sol
Conhecido como Rei Sol, Luís XIV governou a França de 1643 a 1715, época em que promoveu mudanças nos costumes franceses e organizou a política, a economia e a militarização de seu país. Ele foi nomeado rei com apenas 5 anos, mas começou a exercer esse papel de fato em 1661.
Durante seu reinado, houve a construção do Palácio de Versalhes, foram estabelecidas novamente perseguições contra protestantes e declaradas guerras contra países próximos, tais como Holanda e Espanha.
Luís XIV conduziu seu governo sem qualquer repartição de poder, acabando com o cargo de primeiro-ministro. É considerado um dos maiores nomes do Absolutismo devido sua ordem político-social. A sua célebre frase “L'État c'est moi”, que significa “o Estado sou eu”, sintetiza o período em que governou. 

Luís IV


4. Absolutismo sob contrato: Inglaterra
O poder na Inglaterra, tradicionalmente, era governado por uma monarquia, mas limitado por uma assembleia de representantes. Essa limitação vinha de um documento que exigia consulta ao Parlamento para governar, a Carta das Liberdades.
Em 1509, Henrique VIII assumiu o trono após a morte de seu pai, Henrique VII (fundador da Dinastia Tudor). Isto representou o triunfo do absolutismo, visto que ele foi responsável por uma reforma religiosa, separando o governo do papado e fundando a igreja anglicana.

Henrique VIII


Em 1553, Maria I assumiu a administração impondo o catolicismo e perseguindo muitos protestantes, incluindo alguns membros do clero anglicano. Em 1558, Maria I morreu e Elizabeth I sucedeu, tentando restaurar a influência da igreja anglicana e centralizando o poder. Foi no seu reinado que a Inglaterra iniciou a expansão marítima na América do Norte.
Em 1625, Carlos I passou a governar e multiplicou os impostos sem consultar o Parlamento. Ele tentou uma política de uniformização de ritos nas igrejas com base no anglicanismo. Nesse período, o rei fortaleceu o absolutismo e consequentemente ocorreram diversas revoltas por parte das classes sociais e do Parlamento. Oliver Cromwell torna-se então um líder da Revolução Inglesa.

Oliver Cromwell

Em 1640, ocorreu a guerra civil inglesa. Carlos I, no ano de 1649, foi condenado à morte por tramar invasões na Inglaterra com a ajuda escocesa.
Uma testemunha ocular da execução do rei Carlos I em 1649

Cromwell destacou-se e passou governar sem ser um rei legítimo. A Inglaterra alcançou muito economicamente. Cromwell dissolveu o próprio Parlamento e criou outro com militares, o que gerou a insatisfação da população.
A coroa em 1689 foi assumida por Guilherme de Orange e sua esposa, Maria Stuart que aceitaram a declaração de direitos. A Revolução Gloriosa causou o fim do absolutismo e estabilidade política e econômica.

  • Conclusão
O Absolutismo teve seu fim em 1789, durante a Revolução Francesa, após a Queda da Bastilha. O principal motivo foi o descontentamento da burguesia, que se sentia impotente e injustiçada pelo rei. Nessa época, qualquer um que se posicionasse contra as vontades do rei era ou morto, ou mandado para a Bastilha, uma espécie de prisão política da monarquia. Diante disso, a população se revoltou e atacou a prisão, com o intuito de acabar com um dos mais importantes símbolos do Absolutismo e de roubar seu armamento. Os revolucionários tinham como lema “Igualdade, Liberdade e Fraternidade” e, agindo de forma violenta e intensa, conseguiram expulsar grande parte da nobreza do país.Diante dessa situação, a família real tentou escapar, mas foi capturada e levada a guilhotina, em 1793. Com a vitória dos revolucionários, foi promulgada a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão, que propunha mais participação política popular e direitos aos cidadãos. Nos dias de hoje, em grande parte do mundo, foi adotada a separação dos poderes na chamada corrente tripartite, dividida em:Legislativo - tem como função ordenar e criar leis. Em muitos países europeus, como na França e na Espanha, o Parlamento faz parte do poder legislativo.Executivo - onde, no âmbito federal, atua o presidente, no âmbito estadual, o governador e no municipal, o prefeito. Ele tem o dever de governar o povo e administrar o interesse público, seguindo a Constituição.Judiciário - é exercido pelos juízes e tem o dever de julgar com base nas leis criadas pelo legislativo e pela Constituição.





Bibliografia:
1. HISTÓRIA 1 ensino médio, Editora Saraiva. “Monarquias absolutistas”- “Conceito de absolutismo monárquico” (pg 205).

HISTÓRIA 1 ensino médio, Editora Saraiva. “Monarquias absolutistas”- “Absolutismo e intolerância religiosa: Espanha” (pg 206-209).
HISTÓRIA 1 ensino médio, Editora Saraiva. “Monarquias absolutistas”- “O modelo de absolutismo monárquico: França” (pg 210-214).
4. https://pt.wikipedia.org/wiki/Absolutismo_na_Inglaterra
HISTÓRIA 1 ensino médio, Editora Saraiva. “Monarquias absolutistas”- “Absolutismo sob contrato: Inglaterra” (pg 214-216).

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Reforma Religiosa
Na idade moderna, a religião predominante era da igreja católica romana que não dava espaço para outras religiões. Tinha um papel muito religioso na sociedade, a igreja tinha uma influência política sobre muitos países, que na época tinham formato de monarquia.
Inglaterra, França, Itália e muita outras monarquias tinham que levar em consideração a opinião do papa. As práticas da igreja católica, tais como: missas serem ministradas de costas para o público e em latim ou até as indulgências eram comuns naquela época. Depois disso, começou a acontecer o movimento de reforma reliogiosa.



Reforma Protestante
Desde o século XIV, John Wycliffer, na Inglaterra já defendia ideias próprias sobre um movimento protestante contra as normas da igreja Católica. Suas ideias foram se espalhando e os católicos começaram a criticar as normas da igreja, o monge Girolamo Savarola criticou e foi torturado e enforcado por ordem do papa Júlio II, e muitos outros também foram. A reforma protestante aconteceu no ano de 1517, durante a idade moderna. O povo nesse período, estava passando por uma mudança de ideias e um novo pensamento, que também era contra os preceitos da igreja, e a sociedade começou a ter um pensamento e uma opinião mais crítica.

Luteranismo
A reforma teve vários líderes ao longo do seu tempo, o que mais ganhou fama foi o alemão Martinho Lutero, um monge que tinha várias ideias, a principal era que todos os fiéis deveriam ter acesso a sua própria bíblia. Lutero fez a publicação de uma lista de 95 teses, e esse documento foi o marco para o rompimento da igreja católica. O acesso à bíblia e a outras fontes de conhecimento era proibido, primeiro pelo fato de não saberem ler e mesmo os que sabiam não tinham acesso aos livros, que eram censurados e controlados pela igreja.
Somente monges e padres tinham acesso a esse conhecimento. Martinho se levantou contra alguns dogmas da igreja, John Wycliffe, já havia questionado algumas posições da igreja.
Questionavam também, a riqueza da igreja e defendia que a mesma deveria ser pobre como havia sido antes. Martinho Lutero mesmo sendo monge e vivendo sob as leis da igreja, se opôs a começos que o regiam. Martinho teve acesso às escrituras da bíblia.
No dia 31 de outubro de 1517, foi colocado à público as 95 teses de Martinho, e dentre elas estavam a ''avareza e o paganismo''. Lutero foi expulso da igreja católica, sofreu várias ameaças de morte, passou por vários conselhos, mas nada disso fez ele largar sua ideologia.
A reforma seguiu até depois da morte de Lutero, e arrancou muita gente da igreja católica. A sociedade criaram várias igrejas conhecida como ''igreja protestante'', com intuito de seguir essa linha de regras que iria contra a igreja católica.


Calvinismo
Outro que influenciou na reforma foi João Calvino, isso começou a acontecer em 1534. Suas ideologias começaram a ser adotadas na Suíca. Na sua ideia, o homem poderia salvar sua alma se trabalhasse de forma justa e honesta.

Ele acreditava na ideia, de que algumas pessoas foram escolhidas por Deus para serem ricas e outras para serem pobres e miseráveis. Essa ideia influenciou muitos banqueiros, trabalhadores, burgueses, portanto, quem acreditasse nisso, trabalhava incessantemente para conseguir a salvação eterna.

Anglicanismo
O rei Henrique VIII, da Inglaterra, fundou o anglicanismo. O rei queria muito casar com outra mulher, Ana Bolena, e queria que o papa anulasse o seu casamento com Catarina de Aragão, que havia casado por interesse.
Mas, de acordo com o papa ''O que Deus uniu, o homem não separa''. Assim o controle da igreja na Inglaterra ficou sob a autoridade do rei.
Essa religião era semelhante ao catolicismo, exceto pelo fato de conceder o direito ao divórcio e negar a obdiência, ou seja, que tudo que ele falar é definitivo e deve ser cumprido.
Aos poucos o anglicanismo foi agregando os príncipios do Calvinismo.

A contrarreforma
Muitos da igreja católica tinham acreditado nas teses de Lutero e na possibilidade das bíblias traduzidas segundo a língua local. Isso resultou numa outra divisão da igreja católica romana: um lado ficou com a igreja católica dos romanos e o outro lado os protestantes.
Vendo que seu domínio corria perigo, a igreja católica tratou de formar ações para evitar que as ideias da reforma religiosa fossem aceitas de forma única pela populção. Foi então feio o ''Concílio De Trento'', medida do que seria a contrarreforma ou a reforma católica.
O concílio de trento foi o décimo nono concílio, e aconteceu de 1545 até 1563. Foi ordenado pelo papa Paulo III, e esse concílio visava rever e redefinir unidade de fé e disciplina.
O movimento da contrarreforma incluiu várias medidas como:
A reafirmação da necessidade de celibato.
Reconfirmação da autoridade do papa.
Criação do catecismo.
Criação de uma lista de livros proibidos que continham documentos que se opusessem aos ensinamentos da igreja.
A opressão à condição de indulgências além da famosa santa inquisição. A santa inquisição é guida pelo tribunal do santo ofício, que julgava pessoas que se opusessem às doutrinas da igreja.
Com essas atitudes, no período de 1534 até 1590 a igreja teve de volta grande parte de seu domínio financeiro e político sobre algumas potências da época.
A chamada santa inquisição foi responsabilizada por muitas condenaçãoes à fogueira, forca e outros tipos de morte.
A contrarreforma influenciou no descobrimento do Brasil, pois a reforma católica tinha também a ação de levar as doutrinas do catolicismo para outros locais.
O protestantismo não foi eliminado pela contrarreforma mas teve uma brusca desaceleração de crescimento.

FONTE: http://idade-moderna.info/reforma-religiosa.html

ALUNOS: IGOR PORFÍRIO, MARIA CLARA PINHO, ELLEN, LARISSA NASCIMENTO, LUCAS GOMES E ALICE OLIVEIRA.

MONARQUIAS ABSOLUTISTAS 1. Conceito de absolutismo monárquico Passada a Idade Média, iniciou-se a Época Moderna, mas muitas cerimôn...