Cenário pré-crise:

A Europa nesse período do século XIV já estava bem prejudicado devido ao esgotamento de terras, fazendo com que a produção agrícola não crescesse, no mesmo momento em que havia a escassez de produtos alimentícios também existia a tendência de aumento da civilização, resultando em falta de alimentos para os tais.
Com a produção estagnada e uma população maior, a fome se espalhou. Além disso, a destruição das florestas e do meio ambiente ocorrida durante o século XII causou sérias mudanças climáticas, como por exemplo, severas chuvas.
A Europa devastada pela fome, estava mais vulnerável a doenças como a Peste negra e para agravar a situação existiam constantes guerras, a mais conhecida foi a Guerra dos Cem Anos.
Tudo isto causou uma grande queda demográfica. Como havia menos pessoas para trabalhar, os nobres impuseram uma maior carga de trabalho sobre os camponeses, o que gerou revoltas populares como a Jacqueries e a Revolta camponesa de 1381.
Era o prelúdio do fim do sistema feudal e consequentemente o fim da Idade Média. A partir do início do século XIV, uma profunda crise anunciou o final da época medieval.
Inquisição religiosa:
O que foi?
Também conhecida como Santo Ofício, essa instituição foi formada pelos tribunais da igreja católica que perseguiam, julgavam e puniam pessoas acusadas de descumprir com as regras. Todo conhecimento ficou sob o controle da Igreja, e por isso a cultura medieval se voltou para o saber religioso, baseando na fé, nos dogmas e no respeito ao poder do papa e de seus subordinados (cardeais, bispos, padres), considerados os representantes de Deus na Terra.
Quando e porque ocorreu?
Tudo teve início em 1231, quando o papa Gregório IX, preocupado com o crescimento de seitas religiosas, criou um órgão especial para investigar os suspeitos da heresia. “Qualquer um que professasse práticas diferentes daquelas reconhecidas como cristãs era considerado herege”.
Dessa vez, o alvo principal eram judeus e os cristãos-novos, como eram chamados os recém-convertidos ao Catolicismo, acusados de continuarem praticando o Judaísmo secretamente. A verdade é que esses grupos já formavam uma poderosa burguesia urbana que atrapalhava os interesses da nobreza e do alto clero. O apoio dos reis logo aumentou o poder do Santo Ofício, que, para piorar, passou a considerar como heresia qualquer ofensa "á fé e aos costumes". Por exemplo, quem não usasse toalhas limpas no começo do sábado ou não comesse carne de porco era acusado de Judaísmo. A lista de perseguidos se expandiu em protestantes e iluministas, homossexuais e bígamos.
Pós ocorrido:
Com as transformações ocorridas no final da Idade Média (séculos XIV e XV), a Igreja Católica, que era o símbolo de poder até então, passou a ser afrontada:
* As monarquias que se fortaleciam, passaram a questionar o direito do papa de se intrometer nas questões políticas nacionais e cobrar impostos de seus súditos;
* A burguesia, como novo grupo social que buscava prestigio, precisava romper com a ordem social hierarquizada imposta pela Igreja;
* A população buscava respostas para suas angustias religiosas, já que a Igreja Católica nada pode fazer para salvá-la durante os períodos de fome, de pestes e de guerras (Crise do século XIV);
* Os humanistas propunham a revalorização de Homem dentro do próprio processo do conhecimento (antropocentrismo);
* Os cientistas e os artistas renascentistas passaram a buscar na natureza e na razão (e não mais nos dogmas) as respostas para suas questões.
Foi nesse ambiente que surgiram novas interpretações sobre o Cristianismo, que resultaram em novas religiões, chamadas de Protestantes.
A Grande Fome:

Ocorreu Durante a Idade Média, século XIV (1315-1317). Este período antes da guerra que ficou conhecido como A Grande Fome.
Causa:
Transcorreu por conta da manufatura agrícola europeia, que tornou-se ainda mais insuficiente do que era, devido ao esgotamento do solo, as chuvas intensas e o clima frio, que resultou nas desprimorosas colheitas. A crise agrícola atingiu todo o povo e suas classes sociais. Esta foi responsável também pelo aumento no preço dos produtos, principalmente o trigo, fazendo a população urbana deteriorar-se diante do desabastecimento e a delinquência.
Consequência:
Por motivos de grande miséria e de sobrevivência, a sociedade começa a praticar atos como o canibalismo. Os saques, no qual uma massa de saqueadores saem em busca de alimento pela Europa Ocidental. O infanticídio, onde após dar a luz aos seus filhos as progenitoras os matavam, a fim de os pouparem do sofrimento da fome e da indigência. Fenômeno este que deixou uma multidão de pessoas desnutridas e sensíveis as doenças. As péssimas condições de vida e de higiene colaboraram fortemente para a propagação de doenças epidêmicas, como por exemplo a Peste negra.
Pós ocorrido:
O auge da Fome foi alcançado no ano de 1317, quando o período do tempo úmido teve seu fim. Chego o verão o tempo voltou ao normal, contudo as pessoas estavam muito debilitadas por doenças como Bronquite, Tuberculose e Pneumonia, e também grande parte dos estoques de sementes tinham sido consumidos. Somente em 1325 que os níveis de alimento retornaram a um estado relativamente normal.
Do Apocalipse na Biblia Pauperum iluminado em Erfurt em torno da época da Grande Fome. A morte situa-se ao lado de um leão cuja longa cauda termina em um caldeirão flamejante (Inferno). A fome aponta para sua boca faminta.
Guerra dos Cem Anos:

Considerada a principal e mais sangrenta guerra da Europa medieval, a Guerra dos Cem Anos foi uma extensa série de conflitos entre as casas de Plantageneta - reinante da Inglaterra - e de Valois - soberana da França - que se desenvolveu entre 1337 e 1453.
O mais relevante motivo para o início do conflito foi a morte do rei Carlos VI de França, que tinha como parente mais próximo o seu primo, Eduardo III de Inglaterra. Contra um rei inglês, os franceses coroaram um parente mais distante, Filipe de Valois, que em uma tentativa de enfraquecer o poder inglês atacou o ducado inglês da Aquitânia. O que fez com que Eduardo III declarasse guerra à Casa de Valois.
Durante a primeira fase do conflito, concluída em 1360, não houveram grandes avanços. Mas tratados asseguraram aos ingleses total soberania sobre as terras que pertenciam na França. Nos anos seguintes houve um estado de paz não declarada rompida por algumas vezes.
O novo rei inglês, Henrique V, decidiu aproximadamente em 1420 aproveitar a crise entre monarca e nobreza franceses para reivindicar o trono. O que iniciou mais um período complicado. Ao contrário do início essa fase foi vencida pelos franceses, dessa vez comandados por Carlos VII. Embora nenhum acordo tenha sido assinado, os historiadores consideram como fim da guerra a batalha da cidade de Castillon, em 1453.
Por ser a última guerra feudal e a primeira moderna, iniciando-se como um conflito de senhores feudais e terminando como uma disputa entre Estados, a Guerra dos Cem Anos é considerada um grande marco no desenvolvimento Europeu.
Peste Negra:
Peste Bulbônica
Memento mori (Lembre-se da morte)

A Europa tivera por volta de 4 séculos prósperos, quando cidades,comércio e a indústria cresciam. A Igreja e os reis estavam fortes e com grande influência e poder. Porem, de repente os padrões climáticos globais mudaram, temperaturas desceram e colheitas estragaram de forma rápida e agressiva, dando fim a época de ouro europeia. A fome e a peste, junto com guerras e mortes, tornaram reais visões do Apocalipse.
A peste negra tem uma forte relação com a Igreja, por ela ter sido a única tentativa possível de se salvar da peste. Pela total falta de informação e até conhecimento de bactérias e doenças, as explicações para tais fatalidades tinham ligação com a religião. Assim, as pessoas, temendo serem “amaldiçoadas” pela peste, rezavam e imploravam a Deus a salvação.
Não se sabe ao certo o local de origem da peste negra, porém, no extremo oriente, nas estépicas mongólicas, a peste despertara e começara a propagar-se. Assim, o império mongol que parecia ser invencível, começou a colapsar. Rotas comerciais abertas pelo império mongol favoreciam a propagação de produtos, pessoas e pestilências pela Europa. Em 1347, os mongóis atacaram a cidade cristã de Caffa, na esperança de tomar tal ponto comercial estratégico. No início, a cidade parecia estar prestes a ser dominada, porém, no auge das hostilidades, os mongóis se depararam com um novo e virulento inimigo, a Peste. Assim, desesperados, os mongóis lançaram com catapultas, sob o muro que lhes separavam dos cidadãos de Caffa, corpos mortos pela peste, com a consciência de que o contato propagava o “mal”, no caso, a peste, numa tentativa de matar e contaminar seus inimigos. Assim, a peste foi transmitida dos mongóis para os europeus.
Ainda não se tem certeza de como a peste se espalhou tão rapidamente pela Europa. Historiadores acreditam que ela se propagou por meio de navios mercantes, começando por Sicília, Itália. Tais navios chegavam nos portos com carregamentos de cadáveres, junto com sobreviventes doentes em estado terminal. Numa falha tentativa de conter a peste, baniram navios pestilentos em seu porto, porém já era tarde demais. A peste já começara a se propagaram.
Era uma doença asquerosa e dolorosa, com vítimas consumidas por febre e desespero. Só foi possível identificar a diferença da peste de uma forte gripe por meio do da inflamação dos bubões, sintoma que lhe dá o nome de Peste Bubônica. A medida que a doença se propagava, os sobreviventes recorriam cada vez mais à religião. Navios vindos de Caffa aportavam na Itália, trazendo tecidos, peles e ratos, que portavam a peste.
A ciência e medicina medieval estavam imersos na superstição e na ignorância, tornando a população europeia totalmente desprevenida e indefesa. Teorias místicas tentavam explicar a origem da peste, como a liberação de vapores tóxicos provindos do alinhamento de planetas, como maldição provinda de Deus para castigar pecadores. Atualmente sabemos que a Peste Negra é carregada por pulgas, que precisam de um ambiente particular para se desenvolver; a Europa medieval era esse ambiente, repleta de meios ideais para a multiplicação de ratos. Para piorar, existe outra forma ainda mais mortífera da peste, a pneumônica, que não precisa de pulgas para propagar seu veneno. A doença é causada pelabactériaYersinia pestis, transmitida ao ser humano através das pulgas (Xenopsylla cheopis) dosratos-pretos (Rattus rattus) ou outros roedores.
A peste se espalhou pela Europa Ocidental em 5 anos, algo que é incrivelmente rápido, tendo consciência de que não existiam aviões, carros e trens, apenas cavalos e transporte a pé. Navios mercantes espalhavam cada vez mais a peste. Ratos esperavam os navios aportarem para saírem, propagando cada vez mais a doença.
Cada vez menos pessoas ajudavam umas as outras, corrompidas pelo medo e pelo pensamento de que seriam os próximos. As pessoas abandonavam parentes. A taxa de mortalidade estava tão alta que a fé das pessoas foi terrivelmente abalada. Simplesmente não fazia sentido para eles. Como achavam que era a vingança de Deus sobre os humanos por seus pecados, as pessoas começaram a tentar redimir seus pecador, por uma penitência, açoitando a si próprios numa tentativa de imitar o sofrimento de Cristo. Tal fanatismo levaria o povo à histeria, perseguição e assassinato. Tal fanáticos, que eram chamados de flagelantes, começaram a ameaçar a Igreja, pela crescente influência deles. Com o progresso da peste, todas as instituições medievais, incluindo a Igreja, foram reveladas pela peste como impotentes.
No meio de todo este caos, surgiu uma dúvida sobre o que fazer com os corpos, que se amontoavam nas ruas e só aumentavam cada vez mais os índices de contaminação. Os únicos que aceitavam a carregar os mortos até lugares para enterrá-los eram pessoas extremamente rústicas, que vinham de montanhas ou arredores e estavam dispostos a ter contato com mortos por taxas altíssimas. As pessoas tentavam encobrir o “cheiro da morte”.
Convictas de que Deus punia o mundo por suas perversidades, as aldeias resolveram pulgar a si próprias de todas as formas de pecado; a primeira coisa que fizeram foi aprovar novas leis urbanas, que proibiam jogatinas, blasfêmias, expulsaram as prostitutas e mandaram-lhes para uma casa na zona rural, resumindo, obrigando a todos que se comportassem, numa tentativa de afastar a peste.
A perseguição e intolerância religiosa aumentou ainda mais durante esta época. Para cristãos medievais, ninguém ofendia a Deus mais do que os judeus. A infecção e as mortes súbitas trazidas pela peste foram inculpadas aos judeus, a quem acusaram de envenenar poços e rios, além de contaminar o ar. Nisso, eles eram torturados e forçados a confessar falsamente que eram culpados e faziam parte de uma conspiração. Assim, a Europa inteira ergueu-se contra eles, que tiveram comunidades queimadas por cristãos, além de terem sido injustamente chacinados por tais. O que envenenava era a própria presença dos judeus, que eram um fracasso moral. Assim, na mentalidade dos cristãos da época, eles pecaram ao tolerá-los e é isso que trouxe a peste como punição. Eles eram queimados vivos, numa tentativa desesperada dos cristãos de se salvarem, imersos pelo medo, ódio e ignorância.
Depois de extinguir quase metade da população europeia (alguns estudiosos dizem que foi 30%, outros 50%), a peste começou a extinguir a si mesma. “Doenças infecciosas tem um ciclo de vida, que pode ser quebrado pelo homem ou podem mudar em virulência do organismo infeccioso”, diz Graham Mooney. Uma parte dos que sobreviveram se perguntavam se valia a pena viver depois de perderem tanto. O mundo inteiro mudou. Porém, a maioria se reergueu e continuou com suas vidas. Eles acreditavam que Deus faria tudo dar certo, que ele tinha um plano e que o Apocalipse acertaria as coisas no final. Acreditavam que aquilo não era simplesmente o fim, algo mais viria.
A Europa passava por diversas transformações juntamente com o fim da crise da peste negra; antes, a fome era algo comum, depois, mesmo com muita terra sem cultivo, havia comida de sobra. Pela primeira vez em séculos, fazendeiros podiam não só cultivar grãos, e assim a Itália tornou-se um país rico em azeite de oliva e frutas aromáticas. Os pomares da Itália comprovam uma verdade dolorosa: uma queda súbita na população tem as suas vantagens. Com a morte das pessoas, os salários aumentaram, as terras ficaram desocupadas. Assim, pessoas que antes eram muito pobres, puderam investir em terras. De repente, pessoas que antes eram camponeses agora eram proprietários de terras.
Contudo, a medida que a fortuna dos camponeses crescia, a das classes dominantes despencava. Por séculos, eles dependeram de servos para cuidar de seus feudos. Depois, com empregos mais atraentes aos camponeses, os nobres foram deixados sem mão de obra. Assim, eles se viram obrigados a fazer trabalhos antes feitos por servos para não morrerem de fome. Porém, alguns dos nobres se negaram a se rebaixarem a tal nível e conquistaram seus trabalhos pela espada. Empregados eram pagos por nobres para pilhar cidades. Para compensar o tamanho de seus exércitos diminuídos, cavalheiros criavam novas regras para um velho jogo. Surgiram as guerras de guerrilhas.
A destruição de tantas pessoas forcou os sobreviventes a criarem técnicas de labor não-manual, industrias que se baseavam no trabalho manual começaram a procurar soluções mais tecnológicas, dando início a uma revolução tecnológica.
Mesmo com todas estas transformações ocorrendo na Europa, uma coisa continuava pairando a mente de todos: a morte. A morte tornou-se uma visão comum, ordinária. Existem evidências de que ocorreu uma transformação psicológica provocada pela peste e pela morte súbita de tantas pessoas.
A morte era uma sombra ameaçadora, gerando gerando a arte holandesa conhecida como “Dança macabra”. Com o tempo, a sublevação social dos anos pós peste, os questionamentos e o individualismo geraram o maior florescimento cultural da Europa: o Renascimento cultural. A Renascença na Itália mostra a extraordinária resistência da sociedade humana, cuja tenacidade e energia criativa sustentaram-na durante os mais negros da Peste. “Foi como se a Europa tivesse se apagado, e depois acendido outra vez.”
A Peste Negra fez isso.
A Peste Negra fez isso.
Informações e conteúdos extras sobre a Peste:
Médico da Peste com fato e máscara "protetora" anti peste, este modelo é muitas vezes associado à época do surto da peste negra, mas na realidade só foi inventado em 1619, por Charles de Lorme.
Existem muitos filmes que retratam essa época, a maioria envolvendo seres místicos, por se tratar de uma época imersa em superstições.
Recomendações de filmes:
Crise em Portugal (1383-1385):
A Batalha de Aljubarrota foi decisiva no desenlace da crise dinástica. 2 de abril de 1383 - 14 de outubro de 1385 em Portugal e Castela, seu desfecho foi a vitória de D. João I de Portugal
Foi considerada um período de guerra civil e caos para a História de Portugal, que ficou conhecido também como interregno, já que não havia um rei no poder. A crise teve seu início por conta da morte do rei Fernando de Portugal, que não gerou nenhum herdeiro masculino.
Ainda que as Cortes de Coimbra já tivessem escolhido, em 1385 um novo rei João I de Portugal, mas o rei João I de Castela estava determinado a buscar por um novo reino para si, foi então que invadiu Portugal. O exército castelhano era muito mais copioso, mas isso não impediu de serem derrotados na Batalha de Aljubarrota, graças a estratégia bolada naquela altura, que foi nomeada como "tática do quadrado". Os exércitos portugueses foram comandados novamente por Nuno Álvares Pereira, nomeado por D. João I de Portugal "Condestável do Reino".
1383
Foi um ano comum do século XIV do Calendário Juliano, da Era de Cristo, e sua letra dominical foi D, teve início a uma quinta-feira e terminou também a uma quinta-feira.
* Abril – A princesa Beatriz de Portugal (filha única do rei Fernando) casa com o rei João I de Castela;
* 22 de outubro – O rei Fernando morre: a rainha viúva Leonor torna-se regente em nome de Beatriz e João de Castela;
* Começa a resistência, liderada por João, Grão-Mestre de Avis: vários castelos são ocupados.
1384
Foi um ano bissexto do século XIV do Calendário Juliano, da Era de Cristo, e as suas letras dominicais foram C e B, teve início a uma sexta-feira e terminou a um sábado.
* Janeiro – João I de Castela invade Portugal;
* 6 de abril – Os portugueses ganham a batalha dos Atoleiros;
* Maio – Começa o cerco de Lisboa; é enviada uma embaixada a Inglaterra;
* Julho – Uma frota portuguesa rompe o cerco de Lisboa, embora com algumas baixas;
* 3 de setembro – João I de Castela, retira-se para o seu reino;
* Inverno – Nuno Álvares Pereira e João de Avis subjugam cidades a favor de Castela.
1385
Foi um ano comum do século XIV do Calendário Juliano, da Era de Cristo, a sua letra dominical foi A, teve início a um domingo e terminou também a um domingo.
* Páscoa – Chegada dos aliados ingleses;
* 6 de abril - João de Avis é aclamado rei nas Cortes de Coimbra;
* 29 de maio – Dá-se a batalha de Trancoso;
* Junho - João I de Castela invade Portugal com uma vasta hoste (composta por muitos portugueses), depois da derrota na batalha de Trancoso;
* 14 de agosto – Batalha de Aljubarrota, vitória decisiva de Portugal;
* 14 de outubro – Batalha de Valverde, vitória de Portugal.
Renascimento comercial:
A Europa Ocidental passou por grandes mudanças entre os séculos XI e XIV (na Baixa Iadade Média) que foram aos poucos acabando com o feudalismo. Uma das principais causas desse renascimento comercial foram as Cruzadas. Ao voltarem das expedições, os cavaleiros saqueavam do Oriente produtos inéditos para o povo (como jóias, tecidos e temperos) que eram comercializados no caminho.
Devido a isso, surgiram as rotas comerciais terrestres e as marítimas (que eram consideradas mais baratas e seguras). Com o crescimento dessa segunda, duas rotas ganharam grande destaque: pelo mar Mediterrâneo (que favoreceram o comércio nas cidades italianas de Gênova e Veneza) e o eixo Nórdico.
Essa troca de produtos deram início as feiras medievais e ao ressurgimento da moeda pela necessidade de uma maior praticidade.
Os burgos passaram a serem murados para evitar a invasão de ladrões e iam se ampliando de acordo com o crescimento da população.
Surgiram, então, OS BURGUESES: nova classe social que se dedicava ao comercio e artesanato e que não dependia do senhor feudal. Foram se tornando ricos e não causavam boas impressões ao clero.
Nesse contexto, foram aparecendo organizações para ajudar a manter a ordem nesse novo sistema. Como por exemplo, as Corporações de Ofício que reuniam trabalhadores de uma mesma profissão.
Pintura medieval retratando a corporação de Ofício dos ferreiros.
As Guildas eram associações formadas por artesãos com o intuito de proteger seus interesses. Além deles, existiam também as hansas dos comerciantes que dominavam certas áreas do mercado. Por fim, esse modelo de sociedade foi atraindo cada vez mais pessoas para essas novas cidades e foi um grande renascimento comercial e social.
Fontes de pesquisa:
* https://www.stoodi.com.br/materias/historia/baixa-idade-media-crise-do-seculo-xiv/grande-fome/;
* https://mundoestranho.abril.com.br/historia/o-que-foi-a-inquisicao/;
* https://pt.wikipedia.org/wiki/Inquisi%C3%A7%C3%A3o;
* https://historiadomundo.uol.com.br/idade-moderna/inquisicao-catolica.htm;
* https://pt.wikipedia.org/wiki/Crise_do_s%C3%A9culo_XIV;
* https://brasilescola.uol.com.br/historiag/crise-seculo-xiv.htm;
* https://www.coladaweb.com/historia/crise-do-seculo-xiv-o-fim-da-idade-media;
* https://www.todamateria.com.br/guerra-dos-cem-anos/;
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* https://www.infoescola.com/historia/guerra-dos-cem-anos/.
*https://minutosaudavel.com.br/o-que-e-peste-negra-bubonica-o-que-foi-sintomas-tem-cura/
*https://historiadomundo.uol.com.br/idade-media/peste-negra.htm
*https://pt.wikipedia.org/wiki/Peste_negra
*http://www.cineplayers.com/filme/fausto/905
*http://www.cineplayers.com/filme/o-setimo-selo/544
*http://www.cineplayers.com/filme/nosferatu/694
*https://youtu.be/CHTIsITxmiU
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*https://youtu.be/CHTIsITxmiU
Grupo:
* Beatriz Maluf nº 03 (Peste Negra);
* Camila Beatriz nº 05 (Grande Fome e Crise de 1383-1385 em Portugal);
* Marcelle Fortunato nº 25 (Renascimento comercial);
* Mayara Vieira nº 29 (Cenário Pré-Crise);
* Milton Cabral nº 30 (Guerra dos Cem Anos);
* Victor Duarte nº 36 (Inquisição Religiosa).
O trabalho está muito bem explicado e com a presença de alguns detalhes que particurlarmapa gostei muito, como o uso de indicaçoes de alguns filmes e a forma que o texto foi escrito em algum momento com uso de topictó dando ao texto uma riqueza de detalhes ainda maior, parabenizo os alunos que o fizeram.
ResponderExcluirPor todos do grupo, agradeço sua crítica e o reconhecimento do trabalho que todos tiveram para fazê-lo.
ExcluirO texto/trabalho está rico de informações, imagens, links, etc. O texto está definitivamente maravilhoso, porque o uso de tópicos e filmes me agradou bastante. Esse trabalho é para quem quer informações mais aprofundadas. Eu parabenizo o grupo.
ResponderExcluirObrigada por sua crítica positiva e pelo reconhecimento de nosso trabalho.
ExcluirO texto me agradou muito! Achei bem organizado e resumido, escrito com uma linguagem simples, de fácil entendimento. A recomendação dos filmes e os links incluídos é uma boa proposta para se aprofundar no assunto. Parabéns ao grupo pelo trabalho! :)
ResponderExcluirObrigada por seu comentário, espero que tenha se divertido e ao mesmo tempo aprendido com a leitura. Esses são nossos principais objetivos ao produzir um trabalho.
ExcluirO trabalho está bem aprofundado e completo em seu conteúdo, fornecendo todas as informações sobre o assunto tratado, como o que originou a Crise do séc XIV, quando e por que ocorreu, e fala também sobre a Inquisição Religiosa, Peste Negra (dando, inclusive, vários detalhes), a Grande Fome e o que envolveu esses acontecimentos e suas respectivas consequências.
ResponderExcluirSó senti falta do estabelecimento de uma ligação entre a Crise do século XIV e a Inquisição religiosa, que ocorreu antes, no século XIII.
Gostei muito do que foi explicado sobre a Peste Negra, sua forte relação com a Igreja por ela ter sido a única opção para que as pessoas tentassem se salvar, devido ao fato de não haver, naquela época, informações e conhecimentos científicos capazes de explicar e encontrar uma cura para a Peste. Foi relatada também a existência de superstições acerca das causas da Peste Negra, como a de que a culpa era dos judeus, o que trouxe, mesmo diante de tantas mortes e perdas, mais perseguições e intolerância religiosa, cercadas pelo medo, ódio e intolerância das pessoas,
Isso nos mostra que, mesmo naquela época havendo tanta influência da Igreja sobre a sociedade, as pessoas não praticavam o amor ao próximo, que é o ponto alto do cristianismo. As pessoas davam mais importância às regras e ao combate de outras religiões e opiniões contrárias, que se esqueciam de praticar o mais importante mandamento de sua religião, que é o amor.
Parabéns pelo trabalho!
Fiquei muito feliz por ter gostado do nosso trabalho! Assim como todos desse grupo se esforçaram para fazer um bom trabalho, me sinto lisonjeada por ter gostado particularmente do tópico da Peste Negra (a minha pequenina parte *hehe*), pois é um assunto que anteriormente já me interessava e, ao ver que fiz mais pessoas gostarem especificamente dele, sinto que meu dever foi cumprido. Muito obrigada, Catarrina. E sim, a religião é baseada no amor s2.
ExcluirEste comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluiraqui é o Geovanny, estou falando da conta do meu irmão
ResponderExcluiros tópicos, eu me encantei com tanto detalhe e com a determinação do grupo, fizeram um ótimo trabalho principalmente com o cenário pré crise e a peste bulbônica (peste negra), vi dois lados um verdadeiro texto, gigantesco e bom de se ler e explicar para quem é interessado de saber sobre este acontecimento que abalou toda a humanidade, e um pequeno, porém não menos importante fazendo com que o leitor se envolvesse!
Muito obrigada por sua avaliação, todos se dedicaram muito ao produzirem seus textos e é muito bom ter o reconhecimento de seu trabalho. Nosso trabalho se focou muito em tornar-se algo que acrescenta-se em algo na vida do leitor. Pelo estudo do passado, podemos refletir sobre nosso presente e futuro, mostrando a vulnerabilidade da espécie humana em tempos de crise. Obrigada.
ExcluirPrimeiramente, gostaria de corrigir a sentença: "A ciência e medicina medieval estavam imersos na superstição e na ignorância" presente no tópico da Peste Negra, visto que, essa época trouxe avanços para a medicina e outros campos da ciência, com a presença de cientistas como Mondino de Liuzzi e Roger Bacon.
ResponderExcluirFiquei curioso com a indicação de Nosferatu no mesmo tema e queria saber o motivo.
Ademais, gostaria de parabenizar todo o grupo pelo trabalho. Achei essa uma das melhores pesquisas, apresentando os tópicos de maneira detalhada, em especial o já citado da Peste Negra, colocado de forma bem completo.
A sentença em questão foi colocada em questão a falta de conhecimentos médicos na época anterior a Crise, deixando a Europa extremamente vulnerável para a propagação, no caso, da peste. A maior parte do avanço cientifico da Idade Média é posterior à Peste, por isso a colocação da frase. Já sobre Nosferatu, a relação é clara: seus dentes tem formato inspirado no dos roedores, sua entrada na civilização humana é a partir de um navio, onde Nosferatu mata todos os passageiros bebendo seus sangues e transmitindo a peste negra, deixando-os com febres altíssimas e em delírio. Além disso, milhares de ratos acompanham ele, criando uma forte ligação a peste. Recomendo fortemente assistir o filme, mesmo sendo muito antigo e com efeitos especiais rudimentares (porém eles acabam dando um tom de comédia lúdica ao filme). Agradeço a avaliação.
ExcluirAchei o trabalho realmente muito bom. O texto tem um bom tamanho, boa explicação. Também gostei das imagens e de terem separado por tópicos cada parte da história, o que me trouxe uma sensação de organização.
ResponderExcluirApesar de ser um trabalho muito bem feito, preciso dizer algumas informações que eu senti falta, como: Quando os camponeses foram obrigados a trabalhar mais, após a Peste Negra e a Guerra Dos Cem Anos, aconteceram muitas revoltas que ficaram conhecidas como Jacqueries. Sobre a Peste Negra, uma das razões para os cristãos acreditarem que a culpa era dos judeus era porquê os estragos da Peste foram bem menores nas regiões em que os mesmos viviam, mas ao contrário do que pensavam na época, a causa disso era porque os judeus eram mais higiênicos.
Também gostaria de saber mais sobre alguns determinados assuntos, como: A peste pode ser transmitida por um cadáver? Se sim, as pessoas que trabalhavam carregando os corpos tinham alguma "tecnologia" para se defender? O que era a tática do quadrado na batalha aljubarrota? O que são letras dominicais?
Mas ao todo, o trabalho está realmente muito bom. Parabéns a todos os integrantes do grupo!
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirO trabalho está muito completo, bem explicado e desenvolvido. Este foi capaz de esclarecer todas as minhas dúvidas sobre o assunto, portanto recomendo-o para quem queira ter uma ampla visão diante da crise do século XIV. Achei muito interessante as recomendações de filmes e as diversas curiosidades que o texto traz. Algo que me chamou atenção foi o fato de que a população da época acreditava em várias teorias alternativas que explicassem o surgimento da peste negra, dentre elas uma que culpava os judeus pela proliferação da doença. Além disso, me interessei pelo processo de adaptação da sociedade no período após o fim da peste negra, tendo em vista a forma que a comunidade se reergueu e se transformou drasticamente.
ResponderExcluirParabéns ao grupo!
Trabalho muito bem elaborado! Linguagem super simples e muito coerente. Indico para fazer resumo e estudar. Parabéns aos envolvidos!
ResponderExcluirAdorei esse texto, ótimas imagens, ótimas indicações de sites nos hiperlinks, o texto está bastante completo e com uma linguagem de fácil entendimento, perfeito para poder abstrair informações sobre a crise. Estão de parabéns a todos do grupo! :)
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